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Jovens – Lição 2- A cosmovisão cristã em um mundo de vãs ideologias

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

O homem se orgulha dos planos ideológicos que faz, do sistema organizado de idéias, das visões de mundo, das crenças e doutrinas como se fosse tudo isso a causa final dos resultados obtidos, mas:

Passará o céu e a terra… e cada um sempre terá a sua opinião bem untada com uma boa camada de ideologia…1.

Para acessar os slides referente a esta aula click aqui

Em uma época carregada de ideologias, tanto antigas quanto novas, como o cristão pode escutar a serena voz de Deus e discernir a sua perfeita vontade quando tantas vozes humanas invadem o nosso espaço e tentam nos convencer de que são elas – e não o evangelho – a resposta para os problemas do mundo?2.

O certo é que vivemos em uma das épocas mais desafiadoras para o  cristianismo. Um momento sem precedentes na história, onde há uma série de filosofias e ideologias, extremamente difundidas no mundo todo, que são totalmente contrárias aos princípios da Palavra.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

  1. https://blogcaminhocristao.wordpress.com/2007/07/26/ideologia-x-evangelho/
  2. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas Por Valmir Nascimento

l – UM MUNDO MOVIDO POR IDEIAS E IDEAIS

  1. Ideologia e seu sentido.

Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos.

A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy2.

Patrícia Amaral Siqueira e Thiago de Mello – Mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Doutor em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, escreve:

“Existem muitas concepções de ideologia, a mais corrente é a da ciência das ideias, muitas vezes associada a doutrinas ou mitos, a movimentos políticos ou culturais.

A princípio, o mais importante é saber que nada, absolutamente nada neste mundo que tenha sido criado por seres humanos é vazio de ideias.

Tudo o que falamos, pensamos e fazemos está marcado por um conjunto de ideias produzidas ou não por cada um de nós.

Ainda que sejamos meros reprodutores de reflexões alheias, ainda aí, no âmbito do senso comum, está presente um conjunto de pensamentos que tomamos por verdades […]

O que indivíduo pensa e as coisas nas quais ele acredita são marcados pela sua condição material de produção e existência, ou seja, pela realidade, pela experiência material na qual ele vive. Essa vivência marcará seu olhar sobre o mundo.

Uma pessoa que nasce e é criada em uma comunidade no subúrbio do Rio de Janeiro terá uma visão de mundo muito diferente de outra que nasça e cresça na Zona Sul da cidade, simplesmente, porque a maneira como desfrutam a experiência de viver acontece em realidades sociais, econômicas e culturais completamente diversas.

A ideologia, então, é um conjunto de valores, crenças e ações culturais que justificam ou procuram modificar um determinado status quo, servindo de base para movimentos sociais que desejam a manutenção ou a mudança, como aqueles que defendem a causa ecológica, homossexual, feminista, etc.

Num sentido amplo, podemos afirmar que a ideologia justifica e explica estilos de vida, por isso está presente na cultura das sociedades, seja na ideia de família ou mesmo no âmbito religioso.”3.]

2 – https://www.suapesquisa.com/o_que_e/ideologia.htm

3 – http://educacao.globo.com/sociologia/assunto/conflitos-e-vida-em-sociedade/ideologia.html 

2 – Ideias e consequências.

O Pr John Piper escreve em ‘Ideias têm consequencias’: “Victor Frankl foi preso nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau durante a Segunda Guerra Mundial.

Como professor judeu de neurologia e psiquiatria, tornou-se mundialmente conhecido por seu livro, Man’s Search for Meaning [A Busca do Homem por Significado], que vendeu mais de oito milhões de cópias.

Nesse livro, ele desvenda a essência de sua filosofia, que passou a ser chamada logoterapia, a qual afirma que o motivo humano mais fundamental é encontrar significado na vida.

Ele observou em meio aos horrores dos campos que o homem pode suportar quase qualquer “modo” de vida, se ele tiver um “porquê”.

Mas a citação que me comoveu recentemente foi esta: Estou absolutamente convencido de que as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek não foram, em último análise, construídas em um ou outro ministério em Berlim, mas sim nas mesas e salas de aula de cientistas e filósofos niilistas. (“Victor Frankl at Ninety: An Interview” [“Victor Frankl aos Noventa: Uma Entrevista”], em First Things [Primeiras Coisas], abril de 1995, p. 41).

Em outras palavras, as ideias têm consequências que abençoam ou destroem. O comportamento das pessoas — bom e mau — não surge a partir do nada. Decorre de visões dominantes da realidade que se enraízam na mente e produzem o bem ou o mal.

Uma das maneiras pelas quais a Bíblia esclarece a verdade de que as ideias têm consequências práticas é dizendo coisas como: “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que… tenhamos esperança” (Romanos 15.4).

As ideias apresentadas nas Escrituras produzem a consequência prática da esperança. Novamente, Paulo diz: “O intuito da presente admoestação visa ao amor” (1 Timóteo 1.5).

A comunicação de ideias pela “instrução” produz amor. Esperança e amor não surgem do nada. Eles surgem de ideias — visões da realidade — reveladas nas Escrituras.

Outra maneira pela qual as Escrituras nos mostram que as ideias têm consequências é usando as palavras “portanto”, “pois” e outras semelhantes (a palavra grega que essas palavras traduzem aparece 499 vezes no Novo Testamento). Por exemplo:

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã” (Mateus 6.34). Se quisermos viver no poder desses grandes e práticos “portantos” e “pois”, devemos nos agarrar às ideias — às visões da realidade — que ocorrem antes deles e estão sob eles.”4.]

  1. http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/05/14-de-maio-ideias-tem-consequencias/

II – CARACTERÍSTICAS DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS AO EVANGELHO

  1. Idolatram algo dentro da criação.

No nosso século a ideologia que prevalece é o pós-modernismo. Esse sistema ideológico teve seu início nos anos 50, e recebeu esse nome devido às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e em outros setores da sociedade.

Vejamos algumas heranças pós-moderna e as respostas bíblicas a cada uma. Secularização: é sair do religioso para o secular. É o mesmo que dizer que Deus não domina, mas, sim, o mundo (século).

Tem crescido muito nos nossos dias, o número de pessoa, que não professam nenhuma religião. Os chamados “sem religião”. Como cristão devemos professar sem medo nenhum, nesses dias, a nossa fé em Cristo. Deus é uma pessoa; Jesus Cristo é Deus e a vida eterna está em Cristo Jesus (Jo 3.16). Há um Deus no controle de todas as coisas e precisamos concordar com ele.

Consumismo: Situação caracterizada pelo consumo exagerado de bens duráveis, sobretudo artigos supérfluos.

Muitas são as pessoas que são bem pagas para nos convencer de que tudo que temos ainda não tem valor se não possuirmos o que elas estão nos oferecendo. Esse consumismo procura gerar em nós a compulsão para comprar, mas, no entanto, não nos oferece os meios de concretizar os nossos desejos.

Devemos como crentes sadios combater o consumismo, com o contentamento, e voltar os nossos olhos para os valores do reino de Deus (Mt 6.33;1Tm 6.6-10).

Pluralismo religioso: Doutrina ou sistema que admite a coexistência de vários partidos com iguais direitos. Há muitas religiões que tem sido apresentada, como a proposta das soluções dos problemas da humanidade.

Religião é o homem buscando a Deus, por isso há muitas religiões; mas o evangelho é Deus buscando o homem. Jesus Cristo é suficiente, Ele é o único caminho. A bíblia afirma que somente Jesus é capaz de salvar o homem, e conduzi-lo a vida eterna (Jo 14.6; 1Tm 2.5; Hb 7.25).

Privatização: Compreende-se por privatização o processo pelo qual a pós-modernidade produziu um grande abismo entre a vida pública e privada (particular).

A privatização permite que o individuo compense na vida privada o que não podem fazer na vida pública, por ser proibido.

A igreja tem que saber que a mesma é propriedade exclusiva de Deus. Que Deus não divide a sua glória com ninguém e que os olhos do Senhor estão em todo lugar. (1 Pe 2.9; Is 42.8; Pv 15.3).

Relativismo moral: Quem determina o que é moral ou imoral ou amoral? Eles dizem que a linguagem é incapaz de comunicar exatamente uma verdade! Linguagem não comunica verdades absolutas.

Os valores da palavra de Deus são imutáveis e absolutos. O mundo, por seus próprios conhecimentos, jamais conhecerá a verdade.(1Co 1.21; 1Jo 2.24)5.

5.igrejajaboque.com.br/mensagens%20e%20sermaos/as%20portas%20do%20inferno.doc

2 – Negam a realidade do pecado.

Augusto Cury diz: “Rousseau disse que o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Mas essa ideia precisa de reparos:para mim,o homem nasce neutro e o sistema social educa ou realça seus instintos,liberta seu psiquismo ou aprisiona.E normalmente o aprisiona“6.

Toda religião e filosofia humana no mundo, exceto o Cristianismo bíblico, têm sustentado que o homem é basicamente bom e aperfeiçoável através de seus próprios esforços.

O filósofo Inglês do século dezessete John Locke (1632–1704) acreditava que o homem nascia como uma lousa em branco (“tabula rasa”) de inocência. Jean Jacques Rousseau (1712–1778), o filósofo francês do século dezoito, acreditava que o homem era bom, assim iniciando a filosofia humanista que coloca o homem antes de Deus.

O Islamismo ensina que todos são nascidos puros (de “musselina” – tecido leve e um pouco transparente, que serve para vestuário) e naturalmente bons até que sejam desviados pelo ambiente.

O Homem é visto como aperfeiçoável através do ser corretamente guiado e lembrado da unidade de Alá. Algo que deve ficar muito claro em nossas mentes é que se o nome do reino é “Reino de Deus”, significa que o Reino pertence ao Senhor Deus e não aos homens, pois, do contrário, seria “reino dos homens” e não Reino de Deus. Outro ponto fundamental, o Reino de Deus se opõe frontalmente às coisas e valores deste mundo.

6 – https://www.pensador.com/frase/NTY0NzE5/

3 – Descreem no mundo espiritual.

É importante esclarecer que Fiódor Dostoiévski jamais disse ou escreveu: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. É incorreto atribuir-lhe esta frase quando na verdade, foi Jean-Paul Sartre que atribuiu, erroneamente, à Dostoiévski.

 No texto “O existencialismo é um humanismo”, Sartre diz: “Dostoiévski escreveu: ‘Se Deus não existisse, tudo seria permitido’. Eis o ponto de partida do existencialismo”. O escritor russo de fato inspirou os existencialistas, mas ele nunca disse isso.

O mais próximo disso, que está em Os Irmãos Karamazov, é: “[…] é permitido a todo indivíduo que tenha consciência da verdade regularizar sua vida como bem entender, de acordo com os novos princípios. Neste sentido, tudo é permitido […] Como Deus e a imortalidade não existem, é permitido ao homem novo tornar-se um homem-deus, seja ele o único no mundo a viver assim”7.

Alan Richardson em sua obra ‘Apologética Cristã’ (JUERP 1983), diz que o grande problema hodierno é que não há apenas uma  filosofia corrente no mundo, mas várias ideologias e filosofias, de modo que nós, cristãos, somos, diuturnamente, atacados de todos os modos e por todos os lados.

A  problemática  é  que,  devido  a  nossa  ignorância  ou  transigência, muitas  dessas  correntes mundanas, carnais e diabólicas, têm se infiltrado na igreja e norteado o modus vivende de muitos cristãos, fazendo com que deixem de lado uma das mais sérias ordens bíblicas, Romanos 12.2, e se conformem com este mundo, vivendo de acordo com os seus padrões.

O propósito do presente estudo é passar algumas das muitas filosofias vigentes no mundo hodierno pelo crivo da revelação bíblica, para constatar os pontos em que temos deixado os princípios da Palavra e vivido de acordo com os ditames do mundo.

Para tanto, primeiro compreenderemos cada  uma  dessas correntes,  depois  as  analisaremos  biblicamente, para  que,  por  fim,  possamos analisar criticamente as suas influências no cristianismo e no mundo pós-moderno8.]

  1. Leia mais em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Irm%C3%A3os_Karamazov
  2. Leia mais em: http://www.presmar.org.br/mensagens/A_BIBLIA_AS_IDEOLOGIAS_POS_PASTOR_ANDERSON.pdf

III – MENTES RENOVADAS PARA UM MUNDO CHEIO DE IDEOLOGIAS VÃS

  1. Inconformados com o mundo.

Esse Cristão Incrível – A. W. Tozer: O ESFORÇO geralmente feito por tantos líderes religiosos no sentido de harmonizar o cristianismo com a ciência, com a filosofia e com tudo quanto há de natural e razoável, resulta, creio eu, do insucesso na compreensão do cristianismo e, a julgar pelo que tenho ouvido e lido, também malogro no entendimento da ciência e da filosofia.

No âmago do sistema Cristão está a cruz de Cristo com o seu divino paradoxo. O poder do cristianismo aparece em sua antipatia pelos caminhos do homem decaído, jamais em seu acordo com eles.

A verdade da cruz se revela em suas contradições. O testemunho da igreja é mais eficaz quando ela declara em vez de explicar, pois o Evangelho é dirigido não à razão, mas a fé. O que se pode provar não exige fé para ser aceito.

A fé baseia-se no caráter de Deus, não em demonstrações de laboratório ou da lógica. A cruz ergue-se em ousada oposição ao homem natural.

Sua filosofia é contrária aos processos da mente não regenerada, de sorte que Paulo pôde dizer sem rebuço que a pregação da cruz é loucura para os que perecem.

Tentar achar um terreno comum entre a mensagem da cruz e a razão é tentar o impossível, e se persistir, só poderá resultar numa razão danificada, numa cruz sem sentido e num cristianismo sem poder.

Baixemos, porém, a questão toda dos cimos alterosos da teoria, e simplesmente observemos como o cristão põe em prática os ensinamentos de Cristo e Seus apóstolos.

Note as contradições: O cristão crê que morreu em Cristo, porém está mais vivo que antes e alimenta a esperança de viver plenamente para sempre.

Caminha na terra enquanto assentado no céu e, conquanto nascido na terra, vê que, depois da sua conversão, não se sente em casa aqui.

Como o falcão da noite, que nos ares é a essência da graça e da beleza, mas no chão é desajeitado e feio, vê-se o cristão em sua melhor forma nos lugares celestiais, mas não se adapta bem aos modos da própria cidade em que nasceu.

O cristão logo vem a compreender que, para ser vitorioso como filho do céu entre os homens na terra, terá de seguir, não o padrão comum da humanidade, mas o contrário.

Para ter segurança, arrisca-se; perde a vida para salvá-la, e corre o perigo de perdê-la, se procura preservá-la. Desce para subir.

Se recusa a descer, já está em baixo, mas quando começa a descer, está subindo. É mais forte quando está mais fraco, e mais fraco quando está forte.

Embora pobre, tem o poder de enriquecer a outros, mas quando fica rico, desaparece sua capacidade de enriquecer a outros. Possui mais quando distribui mais, e possui menos quando mais posse retém.

Ele pode ser superior, e muitas vezes o é, quando se sente inferior, e mais sem pecado quando tem maior consciência de pecado.

É mais sábio quando sabe que não sabe, e sabe menos quando adquire a maior soma de conhecimento.

 Às vezes faz mais, nada fazendo, e vai mais longe quando fica parado. Na prostração ele consegue manobrar para regozijar-se, e mantém alegre o coração mesmo na tristeza. Revela-se constantemente o caráter paradoxal do Cristão.

Por exemplo: ele crê que já está salvo e, no entanto, espera ser salvo mais tarde e aguarda ansiosa e jubilosamente a salvação futura. Teme a Deus, mas não tem medo dEle.

Sente-se dominado e nulo na presença de Deus e, contudo, não prefere nenhum outro lugar a estar em sua presença.

Sabe que já foi purificado do seu pecado e, todavia, está penosamente ciente de que em sua carne não habita bem algum.

Ama supremamente a alguém que ele nunca viu e, apesar de pobre e de baixa condição, conversa familiarmente com Aquele que é Rei de todos os reis e Senhor de todos os senhores, e o faz consciente de que não há incongruência em agir assim.

Está certo de que seus direitos são menos que nada, e, entretanto, crê sem nenhuma dúvida que ele é a menina dos olhos de Deus e que por ele o Filho eterno fez-se carne e morreu na cruz da infâmia.

O cristão é cidadão do céu e admite que sua lealdade prioritária é a essa cidadania; mas pode amar a sua pátria terrena com a intensidade de dedicação que levou John Knox a orar: “Ó Deus, dá-me a Escócia, ou morro”.

Espera jubilosamente entrar logo no fulgente mundo além, mas não tem pressa de deixar este mundo e está plenamente disposto a aguardar a convocação do seu Pai Celeste. E não pode entender porque o incrédulo crítico deva condená-lo por isso; tudo lhe prece tão natural e certo, dentro das circunstâncias, que ele não vê nisso nada de incoerente.

Além do mais, o cristão, que leva sua cruz, é tanto um pessimista declarado como um otimista rival na terra.

Quando olha para a cruz é pessimista, pois sabe que o mesmo julgamento que caiu sobre o Senhor da glória condena, naquele ato, a natureza inteira e todo o mundo dos homens.

Ele rejeita toda a esperança humana fora de Cristo porque sabe que o mais nobre esforço do homem é apenas pó edificando sobre pó.

Todavia, ele é serena e confiantemente otimista. Se a cruz condena o mundo, a ressurreição de Cristo garante a vitória final do bem no universo todo.

Através de Cristo, tudo estará bem no final, e o cristão aguarda a consumação. Cristão incrível! 9.]

  1. Postado há 26th March 2011 por Esdras F. Carvalho em: http://professoresdrascarvalho.blogspot.com.br/2011/03/esse-cristao-incrivel-w-tozer.html

2 – Transformação permanente.

Uma vez que entendemos o que Deus tem feito por nós, faz sentido nos dedicar a ele em obediência e serviço. O uso da palavra “pois” mostra que este serviço razoável se baseia nas coisas ditas nos capítulos anteriores.

Paulo acabou de falar sobre a profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça (Rm 11.33-36).

 Por isso, devemos nos dedicar ao Senhor. O Pr Elienai Cabral em sua obra ‘Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus’ (5ª Edição. RJ: CPAD, 2005), escreve: “Até o capítulo 11, Paulo desenvolveu uma argumentação teológica acerca de algumas doutrinas pertinentes à Soteriologia Bíblica.

A partir do capítulo 12, ele disseca essas doutrinas sobre a salvação em uma realidade prática. É o Cristianismo vivido e experimentado.

É a vida cristã demonstrada através das relações pessoais com Deus, com os irmãos na fé, com as pessoas de fora, com as autoridades constituídas e com as responsabilidades para com a igreja. Não basta conhecer a Teologia do Pecado, da Justificação, da Santificação, teoricamente.

É preciso ter experimentado isso tudo, para poder viver vitoriosamente no Espírito. Nos capítulos anteriores, Paulo apresenta o pecado e suas consequências, bem como, o plano de salvação.

Já, a partir do capítulo 12, temos o plano da salvação na prática. O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas é também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o Diabo.

Uma vez justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se na prática, um vitorioso contra o pecado”10.]

10 – CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.133

3- Em direção a uma cosmovisão cristã.

O termo cosmovisão, quer dizer o modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta uma realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung, que significa um “mundo e uma visão de vida”, ou “um paradigma”.

É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino. Francis Schaeffer disse que a comosvisão:”é o filtro através do qual uma pessoa enxerga o mundo ( Livro: Como Viveremos).

Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Vejamos algumas delas:

Teísmo – Um Deus Infinito e pessoal existe além do e no universo.

O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo, que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural.

É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo.

Deísmo – Deus está além do universo, mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagre. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda” na criação e a deixa funcionar sozinha.

Alguns exemplos de pensadores teístas: Voltaire, Thomas Jefferson e Tomas Paine. Ateísmo – Não existe nenhum Deus além do ou no universo.

O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo ou além dele. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram: Karl Marx, Friedrich Nietzschee Jean-Paul Sartre.

Panteísmo – Deus é o Todo/Universo. Tudo é Deus. O criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus.

O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo: zen-budismo e Ciência Crstã.

Politeísmo – Muitos deuses existem além do mundo e nele. É a crença em muito deuses finitos, que influenciam o mundo.

Quando um deus finito é considerado chefe sobre outros, a religião é chamada de henoteísmo.

Os principais representantes do politeísmo: os gregos antigos, o mórmons e os neopagãos (adeptos da Wicca – É uma religião fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa. Freqüentemente, Wicca inclui a prática de várias formas de Alta Magia).

Desenvolver uma cosmovisão cristã: Para o cristão, a cosmovisão cristã vai colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo “…no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Cl 2.3)”.

Em nossos dias está em andamento uma movimentação muito intensa, no meio evangélico, para estabelecimento de escolas evangélicas, que ensinem todas as matérias a partir da perspectiva cristã da vida.

Para isso, há a necessidade de que se ensine e se dissemine uma cosmovisão cristã. A fé cristã deixa de ser uma “questão religiosa” para o domingo, mas volta a assumir o seu posto original, e que havia sido resgatado pela reforma do século 16.

 Esse movimento por escolas cristãs, tem características interdenominacionais.[…] Tais círculos têm compreendido que é impossível se praticar a verdadeira educação das esferas de conhecimento, sem a coesão proporcionada por uma cosmovisão cristã, na qual Deus é verdadeiramente regente do universo, e não um mero espectador, que reage às circunstâncias, procurando “consertar” as coisas.

Por isso é necessário que o pastor e líder cristão, e até nós, leigos, tenhamos uma boa compreensão deste tema.

Porque precisamos também orientar os irmãos e familiares nesse entendimento. Cosmovisão cristã, também, tem tudo a ver com o estudo de Governo e Economia, e outras áreas de conhecimento e de atividades humanas que, para serem adequadamente compreendidas e exercitadas, não podem ser divorciadas dos princípios contidos nas Escrituras.

(Solano Portela) A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe?11]

  1. Este trecho foi extraído na íntegra de: O que é Cosmovisão Cristã? Postado por Ruy Marinho, disponível em: https://bereianos.blogspot.com.br/2012/11/o-que-e-cosmovisao-crista.html

CONCLUSÃO

A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações.

Quem somos?

De onde viemos?

Para onde vamos?

Qual o propósito da vida?

Por que o mal existe?

Criação – De onde viemos, e quem somos?

– Enquanto várias teorias acerca da criação do universo e da origem do homem são inventadas e estudadas pela ciência, Deus revela em sua Palavra que todo o universo foi Criado por Ele (No principio criou Deus o céu e a terra Gn 1.1).

Queda – O que aconteceu de errado com o mundo? O pecado trouxe a morte ao mundo, a morte física e, pior ainda, a morte espiritual.

Ainda, o solo se tornou menos fértil e a comida mais escassa. O homem começou a trabalhar mais para obter menos.

A humanidade também perceberia logo o efeito que o pecado tem nas relações humanas: crueldade, assassinato, lascívia e desarmonia.

Paulo disse da seguinte forma: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”, Rm 6.23.

Portanto, o que aconteceu de errado, e o motivo do sofrimento no mundo é exatamente o pecado original cometido pelo homem.

Redenção – O que podemos fazer para consertar isso? Jesus Cristo é o único Caminho através do qual o homem pode ser perdoado e viver eternamente com Deus. O interessante da cosmovisão cristã reside no fato dela ser simples, como disse C. S Lewis, como tema de seu livro, “Cristianismo puro e simples”.

No entanto, simplicidade não é sinônimo de inverdade ou erro. Pelo contrário, as maiores verdades são simples.

Tanto que o pensamento cristão vem ao longo de toda a sua história superando todos os desafios que lhe foram propostos, desde a Igreja primitiva, onde os cristão foram perseguidos, passando pelo período do iluminismo racionalista, o tempo do comunismo, e, atualmente, o pós-modernismo relativista.

Em todos estes contextos, a cosmovisão cristã, guardada por próprio Deus, não sucumbiu. Afinal, como disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão!” Mt. 16.18.

Somos chamados a conhecer teologia e ética, a tratar o texto bíblico com reverência, mas também ter uma mente inquiridora que medita, reflete, constrói o pensamento, que se move em direção a uma cosmovisão cristã da realidade humana.

É bom ler obras clássicas da literatura – os grandes romancistas e filósofos nos ajudam a ver o mundo com outros olhos, sem perder nossa referência cristã.

Estamos realmente usando as Escrituras como texto, ou como pretexto? Nossas pregações surgem a partir de uma experiência do coração e de uma mente inteligente e geram transformação?

Todas essas pregações e estudos bíblicos têm gerado homens e mulheres mais parecidos com Jesus Cristo? SENHOR: “…tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.”(1Cr 29.12)- “…em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz.”(Sl 36.9)11

  1. Este trecho foi extraído na íntegra de: O que é Cosmovisão Cristã? Postado por Ruy Marinho, disponível em: https://bereianos.blogspot.com.br/2012/11/o-que-e-cosmovisao-crista.html

“… corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus …” (Hebreus 12.1-2),

Francisco Barbosa

Dinâmica: Marionete

Objetivos:

Refletir sobre a integridade de caráter de Daniel e seus colegas.

Contextualizar este exemplo com a vida cristã atual.

Material:

01 fantoche ou marionete de uma pessoa

Observações:

Pode ser do tipo que se manipula com as mãos dentro do boneco ou daquele tipo que é movido por meio de cordões.

No Departamento Infantil, vocês podem conseguir um fantoche emprestado.

Aqui a utilização do fantoche não é para infantilizar os adultos, mas trazer uma lição sobre a manipulação de pessoas.

Procedimento:

– Apresentem o fantoche e perguntem para os alunos de que forma é utilizado este objeto.

Aguardem as respostas.

Espera-se que os alunos digam que o fantoche é manipulado com as mãos dentro do boneco ou é movido por meio de cordões, dependendo do tipo apresentado.

Peçam que alguns alunos manipulem o fantoche de várias formas e da maneira que desejarem.

– Depois, peçam para que 05 alunos fiquem diante da classe. Escolham 01 aluno e orientem que ele realize várias ações e os outros 4 deverão imitá-lo.

Observem as imitações dos alunos e também se alguém não vai aceitar a situação de se deixar manipular pelo outro.

Agora, perguntem:

O que os 4 alunos acharam de repetir as ações de uma pessoa, sem ter vontade própria?

Por que razão apresentar um fantoche para vocês?

O que o fantoche e a situação apresentada pelos colegas têm a ver com a história de Daniel?

Observem que os alunos afirmam.

– Depois, falem: O fantoche ganha movimento ou fala através da ação e vontade de quem o manipula. Não possui vontade própria e sendo assim é manobrado por outrem. No sentido figurado, chamar alguém de Marionete, refere-se a uma pessoa sem firmeza de caráter e que aceita ser manipulado por outra pessoa.

– Falem, ainda: Daniel e seus colegas passaram por uma situação na qual estavam sendo pressionados a adotar o padrão de conduta pagã, quando cativos na Babilônia, para tanto eles estavam sendo moldados conforme a orientação do rei de forma diferente da cultura judaica, porém foram firmes e não aceitaram ser manipulados.

– Peçam para que um aluno leia Dn 1. 8: “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar”.

– Depois, falem: Isto aconteceu com Daniel, Hananias, Misael e Azarias. E hoje, também acontece conosco.

Nesse momento, falem sobre o que o mundo nos oferece, que pode nos distanciar e modificar nosso relacionamento com Deus. Enfatizem o cuidado de não deixarmos que sejamos manipulados conforme os padrões mundanos.

– Falem sobre o resultado de uma vida integra diante de Deus numa sociedade pagã e idólatra. Então, peçam que os alunos leiam Dn 1. 17 a 20 de forma compartilhada:

“Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.

E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.

E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei.

E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino”.

– Perguntem: Que resultados também podemos obter quando decidimos permanecer fiéis mesmo diante dos apelos do mundo?

Aguardem as respostas dos alunos. Acrescentem outras se necessário.

– Para finalizar, leiam:

“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2:8).

Por Sulamita Macedo.

Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/10/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html

Slides: https://pt.slideshare.net/natalinoneves1/lbj-lio-2-a-cosmoviso-crist-em-um-mundo-de-vs-ideologias

Video 01: https://www.youtube.com/watch?v=MN-DhRB7i6U

Video 02: https://youtu.be/yagG06RiSMQ

Dinâmica: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br/

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