Sem categoria

LIÇÃO Nº 2 – A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA

A Páscoa Judaica é um tipo da salvação em Cristo Jesus. 

INTRODUÇÃO

– Sendo cristocêntrica, a Bíblia sempre nos fala de Cristo e de Sua obra salvífica. 

– A Páscoa Judaica é um tipo da salvação em Cristo Jesus. 

Para acessar somente o áudio desta lição click aqui
Para acessar os slides referente a esta aula click aqui

I – O CRISTOCENTRISMO DA BÍBLIA E A CONSEQUENTE TIPOLOGIA DA SALVAÇÃO 

– No estudo sobre a doutrina da salvação, nosso comentarista traz um importante tópico a respeito da salvação na Páscoa Judaica, que não só traz as lições da referida festividade israelita com relação à salvação, mas nos permite também ver o cristocentrismo da Bíblia Sagrada e como isto nos leva à conclusão de que as Escrituras são uma revelação do plano da salvação da humanidade em Cristo Jesus. 

– Temos nesta lição, também, a oportunidade de observar a chamada “tipologia bíblica”, “…uma correspondência análoga em que eventos, pessoas e lugares anteriores na história da salvação tornam-se padrões por meio dos quais eventos posteriores, pessoas, etc. são interpretados” (G. R. Osborne).

“Os tipos são um conjunto de quadros, diretamente da mão de Deus pelo qual Ele ensinaria para o Seu povo coisas incompreensíveis”(O que é um tipo? Disponível em: http://www.jesusnet.org.br/tabernaculo/tipologia.htm Acesso em 19 jun. 2009). 

– Todos sabemos que o assunto da Bíblia Sagrada é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

O próprio Senhor disse que as Escrituras d’Ele testificam (Jo.5:39) e, portanto, tudo quanto foi revelado por Deus ao homem tem como objetivo mostrar e testificar de Jesus, o Salvador do mundo e, por conseguinte, todos os relatos e profecias que foram escritos por inspiração do Espírito Santo têm o condão de mostrar como Deus cumpriu a Sua promessa de trazer salvação ao homem e restaurar a comunhão perdida com a entrada do pecado no mundo. 

– Neste ponto, vemos que a doutrina da salvação é o principal ensino que se extrai destes “tipos”, destas “figuras” que, ao longo da revelação progressiva de Deus nas Escrituras, vai demonstrando o cumprimento daquilo que fora prometido pelo Senhor no exato dia da queda da humanidade. 

– O desenrolar da narrativa bíblica tem como objetivo primordial mostrar como se deu a execução do plano salvífico de Deus e como o Senhor Se empenhou para que cumprir a Sua Palavra.

A história da humanidade nada mais é que esta demonstração do zelo divino para que houvesse tal cumprimento (Jr.1:12). 

– A sequência dos episódios narrados nas Escrituras revela-nos este objetivo. Muito se fala, por exemplo, do “rastro de sangue” que permeia a Bíblia Sagrada, rastro este iniciado com o animal sacrificado pelo próprio Deus para que, de sua pele, se fizessem as primeiras vestes dignas do nome para os seres humanos (Gn.3:21) e que só termina com os mártires do período da Grande Tribulação (Ap.13:7; 16:6) .

Este “rastro de sangue” nada mais é que uma demonstração da necessidade de derramamento de sangue para a remissão (Hb.9:22), algo que está relacionado com o “ferimento do calcanhar” da promessa da redenção (Gn.3:15). 

– Como a Bíblia é cristocêntrica, ou seja, tem como centro, como tema, como assunto o Senhor Jesus Cristo, é natural que também tenha como centro a temática da salvação, pois Jesus é o Salvador, o único e suficiente Senhor e Salvador da humanidade (At.4:12), sendo esta a Sua missão precípua em todo o Seu ministério terreno (Jo.3:17;17:21), tanto que Seu nome “Jesus” foi dado precisamente por causa desta circunstância de ser Ele o Salvador (Mt.1:21). 

– Portanto, é linha interpretativa autêntica das Escrituras toda e qualquer aplicação do texto bíblico à salvação e à obra salvífica de Jesus Cristo, até porque é este o primeiro item da proclamação do Evangelho, como magistralmente entenderam os missionários pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil que sintetizaram a pregação na frase “Jesus SALVA, cura, batiza no Espírito Santo e brevemente voltará”. 

– Já no episódio da morte de Abel por Caim vemos um justo sendo morto por causa da sua fidelidade a Deus, a morte de um inocente, a prenunciar a morte de Cristo pelos pecadores no Calvário.  

– Na sequência da narrativa, vemos a salvação de Noé e de sua família da destruição do mundo pelo dilúvio, servindo a arca como um tipo de Cristo, o meio da salvação de quem creu em Deus, que possibilitou o livramento da ira divina em virtude da multiplicação do pecado e da impenitência. 

– A chamada de Abrão é outro episódio onde se tem mais um episódio que tipifica a salvação.

Ao chamar alguém que, em meio à idolatria instalada quando ainda da comunidade única pós-diluviana, havia chegado à conclusão de que havia um único Deus, e ao afirmar que faria dele uma grande nação “onde benditas seriam todas as famílias da Terra” (Gn.12:1-3),

temos, uma vez mais, a demonstração da disposição divina de trazer a “bênção” a toda a humanidade, apesar do quadro de total rebelião que havia se seguido ao dilúvio e levado ao juízo de Babel. 

– Abrão, depois chamado de “Abraão” e todos os patriarcas que se seguiram (Isaque e Jacó), tinham esta plena consciência de que serviam ao único Deus cuja disposição era a de leva-los a uma vida eterna de comunhão com Ele, como nos ensina o escritor aos hebreus que afirma categoricamente que “pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb.11:9,10). 

– No episódio do sacrifício de Isaque, aliás, vemos uma perfeita prefiguração da obra salvífica de Cristo Jesus, onde um inocente é levado ao sacrifício no monte Moriá, sacrifício este que é impedido pelo Senhor no momento crucial, quando, então, um cordeiro é colocado no lugar de Isaque.

Foi neste instante que Abraão exultou por ver o “dia de Cristo” (Jo.8:56), podendo, como pai da fé, contemplar o ápice do cumprimento da promessa que recebera de ser o pai da nação de onde viria a sua posteridade, que faria benditas todas as famílias da Terra (Gl.3:16). 

– Quando a nação israelita já estava formada, o que ocorreu durante o tempo em que ficou no Egito, Deus teve de Se revelar a este povo de uma forma mais próxima, a fim de não só revivificar a crença dos patriarcas como também para que aquele povo pudesse conhecê-l’O a fim de poder escolher ser o Seu povo dentre as nações. 

– Neste conhecimento de Deus, Israel teria de ter a experiência de que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó era o único Deus, sendo falsas todas as divindades então adoradas pelos povos, inclusive os deuses do Egito, como também deveriam ter a consciência de a verdadeira liberdade somente pode ser dada por esse Deus, visto que o mundo todo se encontra escravizado pelo pecado. 

– Não é por outro motivo porque este conhecimento será realizado através de episódios marcantes como a escravidão e a opressão do Egito sobre os hebreus, escravidão e opressão que ocorreram nos últimos 80 anos da estada de Israel no Egito,

opressão que aumenta com o retorno de Moisés ao Egito após o seu chamado no monte Horebe, como também através das pragas que são lançadas no Egito após a recusa de Faraó em deixar o povo de Israel partir, pragas estas que nada mais eram que demonstração da falsidade das divindades egípcias (Ex.12:12; Nm.33:4).

OBS: Muitos acham que Israel ficou 400 anos no Egito como escravos, mas não é esta uma realidade. O período de 400 anos é o período que decorre desde Isaque, o filho da promessa de Abraão, e a entrega da lei a Israel no monte Sinai, como se verifica de Gn.15:13 e Gl.3:17, sendo que, neste último texto, devemos lembrar que Abrão foi chamado com 70 anos e teve Isaque com 100 anos, o que explica o fato de Paulo falar em 430 e não em 400 anos.

Destes 400 anos, 215 foram vividos no Egito, como atesta Flávio Josefo, sendo que, destes 215, somente os últimos 80 foram de efetiva escravidão e opressão, período cujo início coincide com o nascimento de Moisés e quando se levantou uma dinastia que não conhecera José nem seus feitos para o Egito (Ex.2:8-14). Eis o elucidativo texto de Josefo:

“…Os israelitas saíram do Egito no mês Xantico ou Nisã, a quinze da lua, quatrocentos e trinta anos depois que Abraão, nosso pai, tinha vindo à terra de Canaã e duzentos e quinze anos depois que Jacó veio ao Egito.…” (Antiguidades Judaicas, II, 6, 96. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.1, p.61. Rio de Janeiro: CPAD, 1990).  

– Na libertação de Israel do Egito temos uma figura da nossa própria libertação do pecado, quando se verifica que, para conhecermos o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, por Ele enviado e, assim, ter acesso à vida eterna (Jo.17:3), preciso é que tenhamos a experiência da soberania deste Deus e da falsidade e da ilusão do mundo. 

– Ante a recusa de Faraó para libertar o povo, sobrevieram as pragas sobre o Egito, pragas que, uma após outra, desmoralizavam os deuses egípcios e demonstravam o poder e a supremacia do único Deus verdadeiro, o Deus de Israel, o Deus que Se revelara aos hebreus como “EU SOU O QUE SOU”, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. 

– Entretanto, depois de o Egito estar já dizimado por causa das pragas, o Senhor queria fazer Israel passar por mais uma experiência e estabelecer uma festividade que, através dos séculos, relembraria esta libertação e seria testemunho da salvação que viria pela “posteridade de Abraão”.

Foi, por isso, que, antes da última e derradeira praga, que seria a morte dos primogênitos, quando, então, seria demonstrada a falsidade na divindade de Faraó, que o Senhor instituiu a Páscoa, que traz preciosas lições a respeito da salvação na pessoa de Jesus Cristo. 

II – A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA E SUA TIPOLOGIA DA SALVAÇÃO 

– O Senhor haveria de fazer, uma vez mais, diferença entre os egípcios e os israelitas (Ex.11:7), mas esta diferenciação seria mais profunda.

A partir de agora, Israel não seria mais tratado como um povo escravo vivendo em terra estrangeira, mas tinha de começar a ser um povo livre, um povo que fosse a “propriedade peculiar de Deus entre os povos”, a grande nação que viria de Abraão (Gn.12:2). 

– Por isso, agora que este povo já era numeroso, tendo, pois, o primeiro elemento que caracteriza uma nação, que é a população, teria de começar a ter uma cultura própria, ou seja, um modo próprio de viver.

A cultura é o modo de viver que o homem, dentro da inteligência que Deus lhe deu, estabelece entre os seus semelhantes. Israel, como povo de Deus, haveria de estabelecer, doravante, uma maneira de viver diferente da dos demais povos, segundo a orientação divina. 

O primeiro passo para a formação desta cultura seria a criação de um calendário próprio, de uma forma própria de contar o tempo.

Por isso, Moisés e Arão falaram ao povo de Israel que aquele mês seria o princípio dos meses, como também o primeiro dos meses do ano (Ex.12:1,2).

Estava-se na primavera e, a partir de então, ter-se-ia uma nova contagem do tempo para os israelitas, que teriam o princípio de seu ano. Os judeus consideram que este foi o primeiro mandamento a ser dado por Deus a Israel.

OBS: “…A Torá foi dada para trazer santidade ao mundo. Cada vez que uma mitsvá [mandamento, observação nossa] é observada, esta meta é trazida a um patamar mais próximo, quando mais outro lugar e mais outro momento ficam santos.

A mitsvá faz com que a santidade seja sentida em duas dimensões: espaço e tempo, mas a maioria das mitsvot é limitada a um lugar ou temo específicos.

Porém, a mitsvá de estabelecer um novo mês é a santificação do próprio tempo, pois todo o momento dentro de um determinado mês é dependente da hora exata em que aquele mês começa.

Tempo é até mais geral e abrangente que espaço, já que a) Tempo foi cirado antes de espaço e, b) Nenhum lugar pode existir fora do tempo(…).

Então, a mais genérica de todas as mitsvot é o estabelecimento do novo mês, razão pela foi escrita primeiro…” (A primeira mitsvá – estabelecer o novo mês. In: CHUMASH: o livro de Êxodo, p.69). 

– Vemos, com absoluta clareza, que não pode se servir a Deus sem que se tenha uma cultura própria, uma cultura assinalada pelo Senhor. Por isso, o servo do Senhor, mesmo vivendo entre os homens, tem um modo de vida diferente dos demais.

Não só deve viver diferentemente, ser diferente, como também deve ser um porta-voz deste novo modo de vida.

É por isso que o apóstolo Paulo diz que recebemos, da parte do Senhor, o ministério da reconciliação, pelo qual “a ninguém conhecemos segundo a carne” (II Co.5:16), sendo novas criaturas, tendo uma vida nova e fazendo de nós embaixadores, ou seja, devemos divulgar este novo modo de viver que temos, a fim de que o mundo também se reconcilie com Deus e passe a viver de forma agradável ao Senhor, não vivendo mais para si, mas para o Senhor (II Co.5:14-21). 

– Israel deveria assumir a sua posição de povo livre, de povo diferente, de povo especial de Deus (Tt.2:14), pois já havia sido indenizado pelos egípcios (Ex.11:2), já havia recebido o seu devido salário pelos trabalhos forçados de séculos e agora iniciava uma nova fase em sua vida. 

– Por isso, o Senhor mandou que, neste novo mês, aos dez dias do mês, cada família tomasse para si um cordeiro, mas, se a família fosse pequena, que se tomasse um cordeiro ou cabrito juntamente com o seu vizinho perto de sua casa, conforme ao comer de cada um.

Este cordeiro ou cabrito deveria ser sem mácula, macho de um ano, que deveria ser guardado até o décimo quarto dia do mês. Todo o povo, então, deveria sacrificá-lo à tarde e tomar do seu sangue e o pôr em ambas as umbreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.

À noite, então, deveriam comer a carne assada no fogo, com pães asmos e ervas amargas, sendo que o animal deveria ser assado ao fogo, a cabeça com os pés e com a fressura. O animal deveria ser todo consumido e, se houvesse alguma sobra, deveria ser queimada no fogo pela manhã seguinte (Ex.12:311). 

– Nestas instruções, vemos, por primeiro, que o Senhor ensina Israel a esperar no “tempo de Deus”.

Embora tivesse Deus instituído um novo calendário, uma nova forma de contagem do tempo, não permitiu que, de imediato, os israelitas já iniciassem uma atividade. Fê-los esperar ainda dez dias para que iniciassem a preparação para a tão almejada libertação. 

– Segundo os estudiosos, “…as Dez Pragas castigaram o Egito durante praticamente um ano, iniciando-se no fim do mês de Iyar [oitavo mês do calendário judaico, observação nossa] e terminando apenas no dia 15 de Nissan.…” (As dez pragas do Egito. Revista Morashá, edição 56, abr. 2007. Disponível em: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=656&p=1 Acesso em 29 nov. 2013).

Mesmo assim, os israelitas tinham de aprender a esperar em Deus, saber o tempo certo de agir, pois eram o “povo de Deus”, um povo que deveria agir somente segundo a vontade do Senhor, Aquele que tudo faz mais formoso em seu tempo (Ec.3:11). 

– Com a Igreja, Cristo não agiu diferente. Também, mesmo depois de ressurreto e vencedor sobre o pecado e a morte, ainda deu orientações a Seus discípulos por quarenta dias, tendo-os mandado esperar, ainda, por mais sete dias, após a Sua ascensão aos céus, para que, então, iniciassem a evangelização, devidamente revestidos de poder (At.1:1-4).

Devemos aprender esta lição, pois o “imediatismo” que toma conta do mundo não corresponde ao que Deus quer em relação ao Seu povo. Lembremos disto! 

– Por segundo, Deus dá a Israel uma consciência nítida a respeito do que é ser uma nação. É ela, antes de tudo, uma reunião de famílias.

A família é a base da sociedade e cada família deveria ter o seu cordeiro ou cabrito a ser sacrificado e consumido.

Não se pode construir uma sociedade sem famílias, algo que, infelizmente, a mentalidade anticristã predominante em nossos dias tem desprezado e gerado a calamidade social que temos visto e vivenciado.

Aliás, tal mentalidade não é exclusividade das organizações dos grupos sociais de incrédulos, mas tem, infelizmente, predominado até mesmo nas igrejas locais… 

– Por terceiro, vemos que o Senhor mostra, com nitidez, que não se pode formar uma nação sem que haja a consciência da solidariedade.

Quando o animal fosse muito para uma família, por ser ela pequena, deveriam se reunir os vizinhos para a consumirem o animal, dando-se, pois, a ideia de que a família não deve fechar-se em si mesma, mas pensar no vizinho, unindo-se a fraqueza de cada qual e a tornando uma fortaleza. Temos feito isto?

É assim que Deus quer que viva o Seu povo!

OBS: Por sua biblicidade, transcrevemos o que disse a respeito o atual chefe da Igreja Romana, em sua exortação apostólica Evangelii Gaudium:

“…A presença de Deus acompanha a busca sincera que indivíduos e grupos efetuam para encontrar apoio e sentido para a sua vida. Ele vive entre os citadinos promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça.

Esta presença não precisa de ser criada, mas descoberta, desvendada. Deus não Se esconde de quantos O buscam com coração sincero, ainda que o façam tateando, de maneira imprecisa e incerta.…” (FRANCISCO. Exortação apostólica Evangelii Gaudium, n.71. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_Evangeliiigaudium_po.html  Acesso em 29 nov 2013). 

– Esta noção de solidariedade e de fraternidade ficou tão arraigada entre os judeus que, na tradição dos anciãos, que, depois, foi reduzida a escrito na Mishná, está prescrito que “ninguém pode matar o cordeiro pascal para uma só pessoa, nem mesmo para um grupo de cem pessoas, que não possam comer pelo menos um pedaço do tamanho de uma azeitona” (Pessach 8:7).

Segundo Flávio Josefo, o grande historiador judeu, a Páscoa não podia ser celebrada por menos de dez pessoas, sendo que, em média, o número era de vinte (Sobre a guerra dos judeus contra os romanos, I.6.c.9.sec.3 apud GILL, John. Exposição da Bíblia. Ex.12:4. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/gills-exposition-of-the-bible/exodus-124.html Acesso em 30 nov. 2013). Tem-se, então, que havia a necessidade de uma efetiva participação comunitária na celebração da Páscoa. 

– John Gill, ainda, vê nesta determinação divina sobre a necessidade de se partilhar com o vizinho o cordeiro pascal uma tipologia da chamada dos gentios para compor a Igreja, consoante se vê em Ef.3:5,6. 

– Por quarto, é interessante notar que o cordeiro deveria ser macho de um ano, como que a lembrar que Deus estava a atuar a praticamente um ano em prol da libertação do Seu povo.

O cordeiro representava, assim, toda a ação de Deus em prol de Israel, todo o cuidado de Deus, todo o trabalho que o Senhor havia feito em favor do Seu povo, em cumprimento às Suas promessas. 

– Este cordeiro, que é símbolo de Cristo Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1:29), vinha, então, na “plenitude dos tempos”, ou seja, no momento oportuno, do final do processo de libertação, que havia sido prometido lá trás, quando Deus assumira um compromisso com Abrão (Gn.5:921; Hb.6:13-20).

Do mesmo modo, Jesus Cristo veio na “plenitude dos tempos”, para remir os que estavam debaixo da lei (Gl.4:4,5). 

– Tem-se entendido também, como diz John Gill, que a idade do cordeiro “…denota a força e o vigor de Cristo, na flor da idade, Sua curta presença entre os homens…” (Exposição da Bíblia. Ex.12:5. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/gills-exposition-of-the-bible/exodus-12-5.html Acesso em 30 nov. 2013) (tradução nossa de texto em inglês). 

– Além do cordeiro, poderia, também, ser sacrificado um cabrito, também macho de um ano, embora fosse preferível que se sacrificasse um cordeiro.

O cabrito também tipifica Cristo, pois “…o cabrito, sendo animal mal cheiroso, denota Cristo Se fazendo pecado e Se oferecendo pelo Seu povo…” (GILL, John. ibid.). 

– Por quinto, o cordeiro deveria ser sem mácula, ou seja, sem qualquer defeito, perfeito, para que pudesse ser sacrificado. Uma vez escolhido, deveria ser observado por três dias e meio, pois, embora escolhido no dia dez, somente seria sacrificado no dia quatorze, à tarde, ou seja, no meio do dia.

Durante todos estes três dias e meio, deveria ser observado se não tinha qualquer defeito, qualquer mancha, a fim de ser considerado idôneo para o sacrifício.

OBS: Diz o Sábio Talmúdico Guraryê: “Por que houve a necessidade de quatro dias para a preparação do cordeiro de Pessah [Páscoa, observação nossa]?

Durante estes quatro dias, o animal foi inspecionado de qualquer marca que o tornasse impróprio para um sacrifício.

Vários dias eram necessários, pois, às vezes, a pessoa não vê marca nenhuma um dia e a vê no próximo dia.

Foi pelo mérito de se ocupar com a mitsvá durante quatro dias que os judeus foram merecedores da redenção” (CHUMASH: o livro de Êxodo, p.71). 

– De igual modo, uma vez tornada pública e conhecida a Sua escolha pelo Pai, quando foi o Senhor batizado no rio Jordão (Jo.1:29-34), o Senhor Jesus passou durante três anos e meio sendo observado pelos israelitas, para quem havia vindo (Mt.15:24; Jo.1:11), tendo provado a Sua inocência e santidade a eles durante este tempo (Mt.27:23,24; Mc.15:14; Lc.23:22; Jo.8:46; Hb.4:15; 9:28), para, então, ser submetido ao sacrifício na cruz do Calvário.

OBS: Por sua biblicidade, transcrevemos aqui o § 608 do Catecismo da Igreja Romana: “Depois de ter aceitado dar-Lhe o batismo como aos pecadores (Lc.3:21; Mt.3:14,15), João Batista viu e mostrou em Jesus o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (Jo.1:29,36).

Manifestou deste modo que Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca (Is.53:7; Jr.11:19), carregando os pecados das multidões (Is.53:12), e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa (Ex.12:3-14; Jo.19:36; I Co.5:7), Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão»(Mc.10:45).” 

– De igual modo, Cristo, após ter entrado triunfantemente em Jerusalém, foi observado por quatro dias pelos israelitas, que depois O mandaram para o sacrifício na cruz do Calvário. 

– Nós, como membros em particular do corpo de Cristo (I Co.12:27), uma vez tornada pública a nossa confissão em Cristo Jesus, também passamos a ser observados por todos e temos de mostrar toda a nossa santidade, toda a nossa comunhão com o Senhor,

para que não sejamos reprovados e, perseverantes até o fim, também alcancemos a glorificação, que se segue ao nosso sacrifício, sacrifício que já foi realizado quando de nosso batismo nas águas, quando morremos para o mundo e passamos a viver para Deus (Rm.6:1-11). 

– Por sexto, o cordeiro tinha de ser sacrificado à tarde e seu sangue posto em ambas as umbreiras e na verga da porta, nas casas em que ele seria consumido.

O sangue do cordeiro deveria ser derramado nas umbreiras e na verga da porta, para que o anjo da morte, quando passasse, não ferisse ali o primogênito.

Sem derramamento de sangue, não há remissão (Hb.9:22), porque o sangue representa a vida (Gn.9:4) e é necessário que a vida fosse dada em resgate da vida. Como ensina Tomás de Aquino:

“…O sangue do cordeiro, que livra do exterminador, posto nas umbreiras das casas, figura a fé na paixão de Cristo no coração e na boca dos fiéis, pois somos livres do pecado e da morte, segundo I Pe.1:19: fostes resgatados com o sangue precioso do Cordeiro imaculado.…” (Suma Teológica I-II, 102, 5. citação de Ex.12:28-36. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 nov. 2013) (tradução nossa de texto em espanhol). Por isso, aliás, Paulo diz que somos salvos confessando com a boca e crendo com o coração (Rm.10:9). 

– Jesus Cristo deu a Sua vida, derramou o Seu sangue para que nós tivéssemos vida e vida em abundância (Jo.10:10). Ele, que é a vida (Jo.1:4; 14:6), entregou a Sua vida para que nós pudéssemos viver (Jo.10:18). 

– É interessante notar que somente nesta primeira Páscoa foi determinado que o sangue fosse posto nas umbreiras e na verga da porta.

Nas demais celebrações da Páscoa, não havia mais esta exigência. Isto nos mostra que as demais páscoas eram apenas uma comemoração, uma lembrança daquela libertação ocorrida uma só vez no Egito.

Da mesma maneira, a ceia do Senhor é tão somente uma comemoração, uma celebração do sacrifício único de Cristo na cruz do Calvário, não tendo, pois, qualquer cabimento dizer-se que, na ceia, há a “transubstanciação”, ou seja, o pão e o vinho se tornam o corpo de Cristo e há um “sacrifício incruento”, como ensina, equivocadamente, a Igreja Romana.

OBS: “…Aben Ezra (comentarista bíblico judeu, observação nossa) menciona como opinião de alguns, que a colocação do sangue naqueles lugares era para mostrar que eles haviam matado a abominação dos egípcios abertamente, mas ele mesmo dá uma razão bem melhor para este rito, a saber, que era para ser uma propiciação para todos que comiam na casa,

e um sinal para o destruidor, que poderia examiná-la desta maneira, como é dito em Ez.9:4, foi “posta uma marca” que parece ser peculiar à páscoa no Egito e não foi mais usada em épocas posteriores.…” (GILL, John. Exposição da Bíblia. Ex.12:7. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/gills-exposition-ofthe-bible/exodus-12-7.html Acesso em 30 nov. 2013). (tradução nossa de texto em inglês). 

– Por sétimo, o cordeiro tinha de ser assado ao fogo, não poderia ser comido cru nem cozido em água.

Era necessário que fosse levado ao forno, ou seja, que, após ter tido seu sangue derramado, fosse mantido longe do convívio dos moradores até que ficasse pronto. 

– John Gill observa que a maneira que os judeus assam o cordeiro também mostra como isto tem a ver com a morte de Cristo na cruz do Calvário.

Diz o comentarista bíblico: “…a maneira de assá-lo, segundo as regras judaicas (Mishná Pessach 7:1,2) era esta: eles trazem um espeto feito de madeira de romeira e o enfiam pela boca do animal até atravessá-lo e põem as coxas e vísceras dentro dele; eles não assam o cordeiro pascal num espeto de metal nem uma grelha.

Maimônides (Hilchot Korban Pessach 8:10) é um pouco mais minucioso e exato neste ponto, pois, ao responder à questão ‘como se deve assar o cordeiro?’, responde: ‘vocês devem transfixá-lo do meio da sua boca até seu traseiro, com um espeto de madeira e pendurá-lo no meio da fumaça, com o fogo embaixo’.

Então, ele não é assado mediante o girar do espeto, de acordo com nossa maneira de assar, mas ele fica suspenso em um gancho, e assado com o fogo embaixo dele, e isto é uma exata figura de Cristo suspenso na cruz, e suportando o fogo da ira divina.

E Justino Mártir [pai da Igreja, que viveu entre 100 e 165, observação nossa] (Diálogo com Trifo, p.259) é ainda mais minucioso, ele que era samaritano de nascimento e muito versado em assuntos judaicos, em debate com Trifo, um judeu, que o poderia ter desmentido se ele tivesse dito algo de errado, disse que o cordeiro era assado em forma de cruz:

um espeto, disse ele, era posto desde as partes mais baixas até a cabeça e, novamente, um outro, através dos ombros, pelos quais as mãos (ou melhor, as pernas) eram fixadas e penduradas, e, assim, era um emblema muito vivo do Cristo crucificado…” (Exposição da Bíblia. Ex.12:9. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/gills-exposition-of-the-bible/exodus-12-9.html Acesso em 30 nov. 2013) (tradução nossa de texto em inglês).

OBS: Eis os textos mencionados da Mishná Pessach 7:1,2a: “Como deve ser o cordeiro pascal assado?

Deve ser tomado um espeto  feito de madeira de uma romeira, colocado dentro da boca (do cordeiro ou cabrito) até que saia no orifício inferior.Suas pernas  e vísceras devem ser colocados dentro, de acordo com Rabi José, o Galileu; mas Rabi Akiva disse: deve haver uma espécie de fervura e, por esta razão, vocês devem suspender o lado de fora do cordeiro.

O sacrifício pascal não pode ser assado com um espeto de metal nem com uma grelha. Zadoque relatou que o Rabbon Gamaliel uma vez disse a seu escravo Tabbi: ‘Vá e asse o cordeiro pascal numa grelha’. Se alguma parte do cordeiro assado tocar a cerâmica do forno no qual ele está sendo assado, esta parte deve ser tirada fora.

Se a gordura que cair do cordeiro no forno voltar a cair no cordeiro, esta parte tocada pela gordura deve ser cortada…”. O cordeiro ficava, portanto, realmente suspenso. 

– Aqui, também, vemos o sinal da morte de Cristo Jesus que, após ter todo o Seu sangue derramado, foi levado para o sepulcro novo de José de Arimateia, onde foi sepultado (Mt.27:57-66; Mc.15:42-47; Lc.23:4956; Jo.19:38-42).

Somente, depois, ao terceiro dia, é que haveria de ressurgir e comprovar que o Seu sacrifício havia sido aceito pelo Pai.

O sepultamento de Cristo foi absolutamente necessário para que não houvesse qualquer dúvida a respeito da Sua morte.

De igual modo, o sepultamento daquele que crê em Jesus Cristo é absolutamente necessário para que ninguém tenha dúvida de que ele morreu para o mundo e agora vive apenas para Deus.

Daí porque dizerem as Escrituras que é necessário crer e ser batizado para ser salvo (Mc.16:16). 

– Por oitavo, vemos que o cordeiro, depois de assado, tinha de ser todo consumido à noite e, se dele sobrasse algo, deveria ser queimado até a manhã.

Aqueles que estavam protegidos pelo sangue do cordeiro, deveriam consumi-lo, todos juntos, a ele todo e o que não fosse consumido, não poderia ficar para o dia seguinte, tinha de ser queimado, ou seja, não se permitia qualquer resto naquela refeição e, naquela refeição, todos deveriam comer o cordeiro, dele tomar parte. 

– Vemos, claramente, que se forma aqui uma comunhão no povo de Israel. Todo o povo deveria estar ao redor do cordeiro, para que todos o comessem todo, sem sobras, sem que admitisse qualquer parte.

O Senhor mostrava, assim, que o povo todo deveria estar unido, em comunhão, em torno do cordeiro. 

– A Igreja não é diferente. Todos devem estar unidos, ao redor do Cordeiro, consumindo-O todo, por intermédio da participação na ceia do Senhor, onde, simbolicamente, se come o corpo e se bebe o sangue de Cristo (Jo.6:51-57).

Somente quem toma parte no corpo de Cristo, tem parte com Ele. Não se admitem divisões, partidarismos ou coisas semelhantes. Todos temos de estar em comunhão.

É por isso que a igreja primitiva era descrita como um povo que vivia em absoluta comunhão (At.2:42-47). 

– Esta comunhão, simbolizada pela refeição onde se consome todo o cordeiro, tinha de ser mostrada durante a noite, antes do momento do juízo que viria sobre o Egito, sob a proteção do sangue posto nas umbreiras e na verga da porta.

Temos de mostrar a comunhão que há entre nós, sob a proteção do sangue de Cristo, que nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7), vivendo na luz, apesar das trevas deste mundo, mostrando-nos como verdadeiras luzes do mundo (Mt.5:16). 

– Quem está em comunhão com os irmãos, porque anda na luz como Cristo na luz está, não sai de debaixo da proteção do sangue do Cordeiro, não sai de dentro da casa para espiar o que está acontecendo “lá fora”, nas trevas.

Muitos, lamentavelmente, não estão mais assentados ao redor do Cordeiro, mas se encontram especulando, passeando, andando do lado de fora da Igreja, esquecendo-se que o povo de Deus foi tirado das trevas para a maravilhosa luz do Senhor (I Pe.2:9).

Não podemos, de forma alguma, estar presente tanto na mesa do Senhor quanto na mesa dos demônios (I Co.10:21). 

– Além da comunhão, o consumo de todo o cordeiro lembra-nos que devemos aceitar a Cristo inteiro.

“…Notem, em seguida, os israelitas tinham de comer o cordeiro todo e vocês que querem ter Cristo devem tê-lo todo ou nada d’Ele! Há alguns que querem tomar o Seu exemplo, mas não a Sua doutrina — eles não podem tê-l’O.

 Outros desejam tomar a Sua doutrina, mas não os Seus preceitos — eles não podem tê-l’O.

Nada d’Ele pode ser deixado, pois não há coisa alguma em Cristo de que os pecadores não necessitem. Vocês não podem satisfazer o suspiro de suas almas com a metade de Cristo — nem Deus permitirá que vocês insinuem que haja alguma supérflua em Seu Filho.

Os judeus tinham de comer todo o cordeiro e vocês que querem ter Cristo precisam tê-l’O por inteiro — não apenas Cristo como seu Substituto, mas Cristo como seu Rei! Não somente Cristo para confiar, mas Cristo para obedecer! Ele deve ser para vocês tudo aquilo que Deus estabeleceu que Ele fosse, senão Ele nada será.

Queridos, vocês querem, então, aceitar Cristo como o Cordeiro de Deus? Vocês querem tê-l’O todo , não deixar coisa alguma d’Ele nem deixar de lado coisa alguma que pertence a Ele?

Então vocês poderão tomá-lo como seu!…” (SPURGEON, Charles. Ervas amargas, p.2. Sermão pregado na noite de 25 jul. 1880. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols46-48/chs2727.pdf Acesso em 30 nov. 2013) (tradução nossa de texto em inglês). 

– Por nono, os israelitas deveriam comer o cordeiro com pães asmos, ou seja, pães sem fermento.

“…Este uso dos pães asmos retratava a pressa com que Israel saiu do Egito. Eles não tiveram tempo para fazer pão levedado. Levava muito tempo para o fermento subir e eles estavam partindo às pressas.…” (COSTA, Airton Evangelista da. Pães asmos – significado. Disponível em: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=3518 Acesso em 29 nov. 2013).

Os pães asmos indicavam, deste modo, a pressa com que Israel deveria sair do Egito, a prontidão que deveria haver para sair da terra da escravidão. 

– Mas, além disso, os pães asmos também simbolizam a santidade. O apóstolo Paulo diz que os asmos são o sinal da sinceridade e da verdade (I Co.5:8), de tal sorte que o uso dos pães asmos pelos israelitas simbolizava uma nova vida, uma vida em que não prevaleceria mais a malícia e a maldade, que haviam sido os critérios norteadores da aflitiva convivência de Israel no Egito.

Israel deixava o período em que tinha havido opressão e injustiça, para passar a viver não só em liberdade, mas, também, em verdade e sinceridade. 

– “…À pergunta “por que em Pessach [Páscoa, observação nossa] é proibido comer ou mesmo estar de posse do chamets” [fermento, observação nossa], o Talmude [o segundo livro sagrado do judaísmo, observação nossa] responde com outra pergunta, que, à primeira vista, nada tem com o assunto: por que as pessoas pecam?

E responde que o homem vive em constante luta com sua natural inclinação ao mal e, se perde esta batalha, ele peca.

O Talmude então sugere que quem cometer um pecado, faça a seguinte declaração: “D’us do Universo.

Tu, Onisciente, que tudo conheces, sabes que é nosso desejo fazer Tua Vontade. Mas o que nos impede de fazê-lo? É justamente o fermento da massa”.

O chamets representa o impulso negativo, a inclinação ao mal que leva os homens a se afastar de D’us e de Seus mandamentos.

Para nossos Sábios, a matsá [o pão asmo, observação nossa] representa a humildade enquanto a levedura o orgulho e a arrogância, que, se não forem controlados e direcionados para algo positivo, podem levar uma pessoa a inflar seu próprio ego de tal forma a não mais reconhecer a Mão de D’us em sua vida.…” (Matsá, o pão da fé e da liberdade. Revista Morashá, edição 52, abr. 2006. Disponível em: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=582&p=0 Acesso em 29 nov. 2013). 

– Quando a Igreja senta ao redor da mesa do Senhor, ela precisa, também, estar vivendo uma vida de verdade e de sinceridade, não pode participar legitimamente do corpo e do sangue do Senhor se estiver envolvida pela hipocrisia religiosa, pela corrupção.

É o que, muito propriamente, o atual chefe da Igreja Romana denominou de “mundanismo espiritual”, que definiu como sendo “…buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal.…”, atitude muitas vezes escondida “…por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja…”, “…uma maneira sutil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21).…” (FRANCISCO. Exortação apostólica Evangelii Gaudium, n. 93. end. cit.). Que o Senhor nos guarde deste fermento, que era tão característico nos fariseus, saduceus e herodianos (Mt.16:6,11,12; Mc.8:15; Lc.12:1). 

– Por décimo, os israelitas deviam comer o cordeiro, além dos pães asmos, com as ervas amargas, que simbolizavam a amargura da escravidão, o sofrimento que haviam sofrido no Egito.

Os israelitas não deviam ter senão esta imagem do Egito: era um lugar de amargura, de sofrimento.

Os israelitas não deveriam jamais querer voltar ao Egito, deveriam ter sempre em mente que os tempos passados no Egito haviam sido de aflição e sofrimento. O Egito deveria ser deixado sem qualquer saudade, sem qualquer atração. 

– “…Estas ervas amargas eram uma espécie de salada ou condimento para serem comidos com o cordeiro e é geralmente pensado que eram alface, endívia, chicória e outras verduras da mesma espécie, como nós as chamamos — não tão amargas que gerassem repulsa, mas que tivessem um grau suficiente  de amargura para acrescentar ao sabor do cordeiro.

Agora, quando as almas vêm a Cristo, elas carregam espiritualmente  o que aqui é dito em metáfora — ‘com ervas amargas, devem comê-lo’.

Ou seja, qualquer um que realmente crer em Jesus Cristo, terá sempre a sua alegria de crer misturada com uma medida de tristeza causada pelo arrependimento.

‘Sim’, diz o coração verdadeiro, ‘Jesus Cristo morreu por mim, mas quanto ofendi a Deus, que vida eu vivi para que Ele tivesse de morrer por mim! Leio a respeito de Suas agonias e percebo que fui a causa delas.

Foi por amor que Ele da glória para a terra porque Ele sabia como eu era culpado e, consequentemente, foi pendurado na cruz e entregue à morte’.

Então, a alma penitente não sabe se regozija ou se lamenta. Há uma mistura de emoções — é uma amargo doce e um doce amargo.

Alegro-me que Cristo tenha retirado meu pecado mas lamento que Ele tenha tido de fazer o que fez para retirá-lo…” (SPURGEON, Charles.op.cit., p.3. end.cit.). 

– De igual modo, a Igreja deve sempre avançar em direção à Canaã celestial, não pode olhar para trás, não pode pensar naquilo que passou. Deve se esquecer das coisas que para trás ficam e caminhar decidida para a glória celeste (Fp.3:13,14). Assim como o cordeiro não era para ser deixado para o outro dia, sendo queimado, para que nada passado ficasse na memória dos israelitas, nós também devemos viver sempre em novidade de vida, jamais querendo viver do que já se passou.

OBS: “…Há um outro aspecto das ervas amargas que comemos no tempo da nossa conversão, quando vem um desgosto das coisas nas quais nós uma vez sentimos prazer.

Assim que o homem sabe que está salvo pelo derramamento do sangue de Cristo, ele começa a desgostar das coisas que antes o agradavam.

Prazeres e diversões de uma caráter contaminado, não, mesmos aqueles de um tipo duvidoso, perdem totalmente sua atração anterior.

Naturalmente que os mundanos dizem: ‘Este homem é um louco1 Ele se tornou um puritano. Ele enlouqueceu.’

 São algumas das ervas amargas que temos de comer — coisas que pareciam tão doces parecerão terminantemente repugnantes e vocês as deixarão com desgosto.

Nosso paladar mudará completamente. Nossos desejos alterar-se-ão. Vocês não serão capazes de entender a vocês mesmos e, frequentemente, sua boca estará cheia com ervas amargas neste assunto.…” (SPURGEON, Charles. Op.cit., p.3. end. cit.). 

– Por décimo primeiro, os israelitas deveriam comer o cordeiro com os lombos cingidos, com os sapatos nos pés e o cajado na mão, devendo comer apressadamente (Ex.12:11).

Ou seja: os israelitas deveriam comer o cordeiro prontos para sair do Egito, totalmente preparados para sair da terra onde estavam escravizados há séculos. 

– A refeição deveria, então, ser tomada em inteira certeza de fé, em plena confiança de que havia chegado o dia da libertação, o dia do fim da escravidão. Esta confiança deveria ser demonstrada pela prontidão determinada.

Somente por fé em Deus, os israelitas haveriam de cumprir esta determinação divina, pois já haviam ocorrido nove pragas, durante praticamente um ano, e nada havia sido alterado até então na opressão.

Como, agora, se dizia que tudo iria terminar? Como se aprontar para sair se nada havia acontecido até então?

Não é por outro motivo que o escritor aos hebreus diz que não só Moisés, mas todo Israel celebrou a Páscoa pela fé, para que o destruidor dos primogênitos não os tocasse (Hb.11:28).

OBS: “…Uma das características fundamentais, que é a mensagem de Yetsiat Mitsraim [o Êxodo do Egito, observação nossa], é o Bitachon ilimitado — a confiança absoluta na Providência Divina —que encontrou tal expressão pungente dentro do evento histórico do Êxodo do Egito.

Uma nação inteira, homens, mulheres e crianças, contando milhões de pessoas, deixam de boa vontade um país próspero e bem estabelecido, com toda sua fartura e bênçãos materiais, e sai em uma viagem longa e perigosa, sem provisões, mas com confiança absoluta na palavra de D’us, transmitida por Moshé Rabenu [Moisés, nosso Mestre – observação nossa]…” (REBE. Excerto de carta de 11 Nissan 5721. In: CHMUASH: o livro de Êxodo, p.77). 

– De igual modo, a Igreja deve participar da comunhão com Cristo Jesus pronta e preparada para sair deste mundo, pois o Senhor prometeu nos buscar e, a qualquer momento, Ele há de cumprir a Sua promessa.

Aliás, quando celebramos a ceia do Senhor, estamos anunciando que Ele vai voltar (I Co.11:26). 

– Mas, será que temos vivido neste mundo com os lombos cingidos? Cingir os lombos é estar vigilante, estar aguardando o Senhor, como nos ensina o próprio Cristo em Lc.12:35.

Cingir os lombos é estar sóbrios, ou seja, atentos, percebendo bem o que está ocorrendo a fim de que não venhamos a ser enganados pelo maligno, como nos ensina o apóstolo Pedro em I Pe.1:13.  

– Os israelitas tinham de estar prontos para sair do Egito, para iniciar sua caminhada para a terra de Canaã.

Assim que fosse dada a ordem de Faraó para a sua saída, eles deveriam sair apressadamente, tinha sido esta a ordem do Senhor e, por isso, já deveriam tomar a sua refeição completamente preparados para sair daquela terra. 

– Estamos prontos para sair deste mundo? Ou temos nos embaraçado com as coisas desta vida?

O apóstolo Paulo diz-nos que somente militaremos legitimamente se não nos prendermos com as coisas deste mundo, se estivermos prontos para deixá-lo assim que o Senhor nos ordenar (II Tm.2:4). Qual é a nossa situação? 

– Por décimo segundo, o Senhor, então, explica ao povo que, à meia-noite, Seu anjo passaria pela terra do Egito e mataria a todo primogênito, mas, na casa onde houvesse o sangue do cordeiro, o anjo passaria por cima dos moradores, não atingindo os que ali estivessem reunidos (Ex.12:12,13).

OBS:  “…A comida solene do cordeiro era tipo do novo dever evangélico para Cristo.

Primeiro, o Cordeiro Pascal foi morto não para ser apenas observado, mas para ser consumido, de modo que devemos pela fé fazer Cristo nosso, como nós fazemos com aquilo que comemos, e nós devemos receber força espiritual e alimento d Ele, assim como de nosso alimento físico, e nos deleitar n’Ele, assim como nós o temos no beber e comer quando estamos com sede ou com fome.

Segundo, o cordeiro era para ser todo consumido: aqueles que, pela fé, alimentam-se de Cristo, devem se alimentar do Cristo todo. Devem tomar Cristo e Seu jugo, Cristo e Sua cruz, assim como Cristo e a Sua coroa.

Terceiro, o cordeiro era para ser comido com ervas amargas, em lembrança da amargura da escravidão no Egito; nós devemos nos alimentar de Cristo com quebrantamento de coração, em lembrança do pecado.

Quarto, o cordeiro era para comido em uma postura de partida Ex.12:11; quando nos alimentamos de Cristo pela fé, nós precisamos deixar o mundo e tudo o que nele há…” (WESLEY, John. Notas explicativas. Ex.12:3. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/exodus/exodus-12.html Acesso em 30 nov. 2013). 

– Daí o nome “Páscoa”, que significa “passagem”. O anjo da morte “passaria” por cima dos israelitas, ao ver o sangue nas umbreiras e na verga da porta, não matando o povo de Israel, mas ferindo a todo o Egito, fazendo, assim, completo, o Seu juízo sobre os deuses do Egito, atingindo, inclusive, a Faraó, agora diretamente, com a morte de seu primogênito e herdeiro do trono. 

– A Páscoa, era, então, a passagem da morte para a vida, a passagem da escravidão para a liberdade. Cristo Jesus é a nossa Páscoa (I Co.5:7), pois, ao crermos n’Ele, passamos da morte para a vida (Jo.5:24). Ele verteu o Seu sangue e, pela Sua morte, nós obtivemos vida. Aleluia! 

– Aquele episódio, entretanto, não seria único. O Senhor disse que deveria ser ele anualmente comemorado, como uma festa ao Senhor, para que os israelitas jamais se esquecessem de que haviam sido libertos do Egito e constituídos como povo do Senhor.

Era a primeira festa que se instituía neste novo calendário, era uma data que Israel jamais deveria se esquecer e, de fato, os israelitas comemoram até a presente data esta festa, que lhes relembra a libertação do Egito. 

– A instituição desta festa, ainda, serviu de estatuto perpétuo para que, ao longo dos séculos, Israel e todos os demais povos não só se lembrassem de que Deus havia libertado Israel com mão forte do Egito, mas, principalmente, para que tivessem bem claro que o resgate da humanidade se daria pelo sangue do Cordeiro.

A Páscoa serviu de sinal para a humanidade da salvação que haveria de vir ao mundo. Por isso, a Páscoa somente deixou de ser celebrada quando o próprio Cristo, quando estava prestes a cumprir em Si mesmo tudo quanto era apontado pela Páscoa, instituiu, ao Ele mesmo celebrar a Páscoa com Seus discípulos, a ceia do Senhor, que veio, então substituir a celebração da Páscoa.

OBS: “…Esta ceia ritual, associada com a imolação dos cordeiros (Ex 12,1-28 Ex 12,43-51), era memória do passado, mas ao mesmo tempo também memória profética, ou seja, anúncio duma libertação futura; de fato, o povo experimentara que aquela libertação não tinha sido definitiva, pois a sua história ainda estava demasiadamente marcada pela escravidão e pelo pecado.

O memorial da antiga libertação abria-se, assim, à súplica e ao anseio por uma salvação mais profunda, radical, universal e definitiva.

É neste contexto que Jesus introduz a novidade do seu dom; na oração de louvor — a Berakah —, Ele dá graças ao Pai não só pelos grandes acontecimentos da história passada, mas também pela sua própria « exaltação ».

Ao instituir o sacramento da Eucaristia, Jesus antecipa e implica o sacrifício da cruz e a vitória da ressurreição; ao mesmo tempo, revela-Se como o verdadeiro cordeiro imolado, previsto no desígnio do Pai desde a fundação do mundo, como se lê na I Carta de Pedro (1Pe 1,18-20).

Ao colocar o dom de Si mesmo neste contexto, Jesus manifesta o sentido salvífico da sua morte e ressurreição, mistério este que se torna uma realidade renovadora da história e do mundo inteiro.

Com efeito, a instituição da Eucaristia mostra como aquela morte, de per si violenta e absurda, se tenha tornado, em Jesus, ato supremo de amor e libertação definitiva da humanidade do mal.…” (BENTO XVI. Exortação apostólica Sacramentum caritatis, n.10, citação Ex.12:1-8. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 nov. 2013).

Evidentemente que não aceitamos que a ceia do Senhor seja um sacramento, como o faz a Igreja Romana, mas, tirando este aspecto, o pensamento apresentado tem respaldo bíblico no que nos importa, ou seja, em mostrar que a Páscoa prefigura a ceia do Senhor. 

– Eis o motivo pelo qual não devemos mais celebrar a Páscoa judaica. A Páscoa, hoje em dia, foi substituída pela ceia do Senhor, que o próprio Jesus instituiu para memória de Seu sacrifício vicário na cruz do Calvário.  

– Também não há motivo algum para celebrarmos uma “Páscoa cristã”, numa data diversa da data do calendário judaico, como acabaram por fazer os cristãos nos primórdios da história da Igreja, definindo que seria ela celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da primavera no hemisfério norte.  

– Com efeito, os cristãos, desde os primórdios, aproveitaram a celebração da Páscoa judaica para celebrar a ressurreição do Senhor, aproveitando a ocasião para efetuar o batismo dos novos convertidos e, em seguida, com eles, celebrarem a ceia do Senhor, não antes de um período de jejum.

Houve discussão a respeito da data desta Páscoa, se seria a própria data judaica ou, então, no domingo subsequente, dia em que efetivamente ressuscitou o Senhor, o que gerou alguma dissensão entre os cristãos, que acabaram, por fim, adotando a data que até hoje é celebrada a “Páscoa cristã”. 

– No entanto, a verdade é que a ceia do Senhor substituiu a Páscoa e, portanto, a criação de uma “Páscoa cristã” acabou sendo algo que não estava previsto nas Escrituras e que acabou gerando as celebrações da “Semana Santa”, que caracteriza alguns segmentos ditos cristãos. 

– A nossa Páscoa é Cristo e comemoramos a Sua morte e ressurreição por meio da Ceia do Senhor.

A criação de uma “festa de Páscoa” é algo que não encontra respaldo nas Escrituras, conquanto devamos aproveitar a data para anunciar ao mundo a ressurreição de Cristo, que é a garantia da nossa fé (I Co.15:13,14).

Por isso mesmo, esta festividade, criada sem respaldo bíblico, acabou por propiciar um sincretismo com outras festividades pagãs que ocorriam por ocasião da primavera e que trouxe elementos totalmente despidos de elementos cristãos, como, por exemplo, as ideias de fertilidade, como se vê nas figuras do coelho e do ovo. 

– Além da Páscoa, o Senhor também instituiu a festa dos pães asmos, que deveria se seguir à Páscoa, em que os israelitas deveriam se abster de fermento por sete dias, fermento que não poderia sequer penetrar nas casas dos israelitas.

Como dissemos, esta festividade tinha por finalidade mostrar aos israelitas que, a partir de sua libertação, eles deveriam viver em sinceridade e verdade, ou seja, em plena comunhão com o Senhor, tendo um viver completamente diferente do das demais nações. 

– Esta celebração deveria ser ensinada às novas gerações, deveria ser um culto que sempre seria comemorado, para que todos soubessem que o Senhor havia libertado o povo do Egito, poupando os seus primogênitos da morte. 

– Após ouvir estas orientações, o povo de Israel inclinou-se e adorou ao Senhor (Ex.12:27). As pragas haviam trazido novamente o temor que a opressão de Faraó havia feito desfalecer.

Num gesto de confiança em Deus, os israelitas fizeram tudo quanto Moisés e Arão haviam determinado.

Como afirma Matthew Henry: “…a perfeição das misericórdias de Deus para conosco devem ser aguardadas em uma observância humilde de Suas instituições” (Comentário sobre toda a Bíblia. Ex.12:21-28. Disponível em: http://www.biblestudytools.com/commentaries/matthew-henry-complete/exodus/12.html Acesso em 30 nov. 2013) (tradução nossa de texto em inglês). 

– Não há como celebrarmos dignamente a ceia do Senhor se não formos verdadeiros e genuínos adoradores.

Quando nos sentamos à mesa do Senhor, devemos ter consciência de que nossas vidas estão a serviço de Cristo.

Se isto não for uma realidade, não somos dignos de dizer que estamos em comunhão com Ele e com a Sua Igreja. Pensemos nisto!

OBS: Por sua biblicidade, reproduzimos aqui palavras do ex-chefe da Igreja Romana João Paulo II: “…E a condição para esta Comunhão é aquela humildade e disponibilidade a servir os outros, de que nos dá exemplo o próprio Senhor quando se inclina aos pés dos seus discípulos, para lhos levar como um servo.

É necessário portanto que a Igreja onde quer que se reúna, em qualquer cenáculo do mundo — recorde e faça recordar constantemente que as condições para a Comunhão com o Senhor são as seguintes: a pureza interior e a humildade do coração, disponível a servir o próximo e, no próximo, a servir a Deus.

Ninguém se aproxime desta Ceia com um coração falso, com a consciência pecaminosa, pensando em si mesmo com soberba, sem disponibilidade para servir.…” (Homilia da Missa “in coena Domini”. 3 abr. 1980, citação de Ex.12:21-27. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 nov. 2013). 

– Vemos, pois, que a Páscoa judaica nos fala diretamente da salvação na pessoa de Cristo Jesus, era a festividade que apontava para esta salvação e que deveria ser celebrado pelo povo de Deus, então Israel.

Lamentavelmente, apesar de comemorarem a Páscoa, quando o Senhor veio, eles não O receberam (Jo.1:12).

É sobre este advento, a vinda do Salvador, que estudaremos na próxima lição.  

Ev.  Caramuru Afonso Francisco

Deixe uma resposta